O nome pode até soar meio estranho, para os leigos. Estranho ou não, o certo é que as guloseimas são de dar água na boca. Estamos falando dos Wagashi, palavra que, em japonês, é usada para indicar uma variedade de doces tipicamente japoneses. Nada mais é uma contraposição à expressão Yogashi, uma referência aos doces de origem ocidental.
As opções são inúmeras, entre elas, Aanmitsu, Ddango, Yōkan, Manju, Kusa mochi, Monaka, Rakugan. No entanto, pode-se dizer que todos têm praticamente os mesmos ingredientes: azuki, farinha de trigo, de arroz (vários tipos), feijão, soja, batatas, gergelim e açúcar. Contudo, há vários métodos e técnicas de preparo.
Na terra do sol nascente, a produção dos Wagashi é considerada uma arte e a qualidade dos docinhos está ligada diretamente à qualidade das matérias-primas empregadas. Ou ainda, de acordo com região, província ou cidade. Lá, podem ser encontrados desde em supermercados às lojas especializadas.
História
A origem do doce é antiga, e intrínseca à cultura japonesa. Conta-se que, na antiguidade, os doces conhecidos pelos japoneses eram basicamente os frutos. Com o cultivo diversificado de cereais, surgiu o moti, bolinhos de arroz, e o dango, mistura de cereal e água, assado em forma de bolinhos.
Ainda no século IX, foram introduzidas técnicas chinesas de produção. Em sua maioria, eram fritos e feitos a partir das farinhas de cereais. À época, eram chamados de Karagashi, doces da dinastia Tang, e servidos nas oferendas aos Deuses.
Influências
No século XVI, quando os portugueses desembarcaram no Japão, levaram pão-de-ló, biscoitos e confeitos. Assim, o Karagashie – doces portugueses – influenciaram na técnica de preparo do wagashi, que com o aperfeiçoamento popularizou-se por todo o país.
Está sempre presente nas cerimônias tradicionais daquele país, como no Oshougatsu, Ano Novo, Hinamatsuri (dia das meninas, tango no sekku), Dia das crianças, Tsukimi (dia de apreciação da Lua) e principalmente em Ochakai e na cerimônia do chá.
Vale a pena experimentar essa delícia japonesa, saborosa e recheada de história.
Fontes: Nipocultura e Onívoro.